Atualmente o “empreendedorismo” ganhou um novo foco. Estamos vivendo uma época em que empreender é quase uma obrigação. Você sente isso também? Então veja como empreender de forma orgânica.

Eu entendo que a vida é um grande empreendimento e que muitas vezes nem nos damos conta do quanto já somos empreendedoras. Mas, também compreendo que é diferente e mais desafiador quando isso acontece de uma maneira mais focada. Quando vamos iniciar um novo negócio ou passar por uma transição de carreira o ato de “empreender” ganha novos tons e nos são apresentados outros cenários (no geral, estamos sós neste primeiro momento, a já conhecida figura do EUprendedorismo).

Quando decidimos empreender, e melhor que seja de forma orgânica, temos a chance de uma caminhada mais coerente e com menos surpresas. Também vislumbramos um maior aproveitamento de recursos e de oportunidades, pois podemos contar com uma maior gama de informações e também aumentar nossa rede, priorizando contato com pessoas que já estejam no mercado.

Por que empreender de forma orgânica?

É uma maneira mais natural de iniciar um novo negócio, porque você já conhece, porque é boa no que faz, porque gosta deste fazer… A razão principal é ao sentir-se desconfortável, por todos os desafios que o empreendedorismo apresenta, ter uma certa dose de conforto, que é seu conhecimento e expertise sobre o produto, o mercado ou o serviço prestado.

Como empreender de forma orgânica

E, como começar um novo negócio?

Neste caso os cenários são extremamente variados e dependem não só do conhecimento do empreendedor/a como também da sua rede de contatos, recursos financeiros e econômicos disponíveis, tamanho do negócio, etc. Mas, eu quero focar na empreendedora que está se aventurando pela primeira vez e conta com poucos recursos financeiros.

Antes de tudo, teste o seu produto ou serviço. É preciso validar o que você faz, vende, presta e acessar um público além dos seus amigos e familiares. Esta fase é crucial para verificar se o negocio fica em pé. Por exemplo, se eu faço bolos, as pessoas gostam e me elogiam, será que devo abrir uma loja de bolos? O teste serve para saber se as pessoas comprariam esses mesmos bolos ou se apenas gostam porque estão disponíveis.

Como posso fazer isso? Fazer contato com locais que vendem comida e oferecer amostras ou deixar alguns bolos para venda, oferecer seu produto para eventos de pessoas conhecidas (acessar sua rede de contatos). São formas muito básicas de ir testando e validando seu produto. Testei e percebi que existe um mercado, mesmo que pequeno, então é hora de colocar a mão na massa (literalmente).

Já sei que tenho um bom produto para vender, o que faço agora?

No geral, as empreendedoras/es prezam o fazer, prestar o serviço, preparar o produto mas, não tem muita paciência ou o mesmo pique com o negócio. Sim, parece paradoxal mas é isso mesmo. Se eu tenho habilidade para fazer bolos, eu me dedico a incrementar as receitas, pensar em novos sabores, formatos etc. Mas, não terei o mesmo empenho em pensar na embalagem, na marca, em como comunicar o que estou vendendo.

Essas atividades e tarefas que não são consideradas o cerne do negócio, acabam sendo deixadas de lado e o empreendimento que estava começando, tem seu fim.

Para empreender, com poucos recursos especialmente, precisamos dividir para conquistar. O produto é importante? Sem sombra de dúvida. Mas contar para as pessoas sobre o produto, a marca, quem faz, onde comprar, disponibilidade etc é tão importante quanto. É preciso ter discernimento para investir, mesmo que pouco, um tantinho em cada cesta. Preciso ter um bom produto? Sim. E também, preciso contar isso para as pessoas que são o meu público alvo.

Quando alinho o produto que vendo ou o serviço que presto com uma boa comunicação, o negócio cresce! E então já é tempo de repensar e planejar os próximos desafios.

Rachelle Balbinot: Tirando Ideias do Papel

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